7 de dez. de 2007

Participação da Rede no seminário em São Paulo


O Seminário Gênero, Democracia e Políticas Públicas de Comunicação encerrou, hoje, 7/12, em São Paulo, com as mulheres recomendando que a Conferência Nacional de Comunicação seja realizada em 2009, em vez do próximo ano, como deseja o Comitê Pró-Conferência. As representantes das diferentes organizações e articulações consideraram que este é um assunto que exige maior aprofundamento por parte do movimento social de mulheres e feministas. "Temos que nos apropriar desta questão fundamental que é o direito humano à comunicação, bem como correr para superar a distância que estamos quando se fala em comunicação, marco regulatório, novas tecnologias, TV Pública e tudo que advém dela, para podermos estabelecer a nossa pauta". Vária sugestões foram apontadas e entre elas a de fortalecer os encontros de Mídia e Mulher, transformando-os em etapas regionais. "É impossível se falar em conferência, quando muitos e muitas nem sabem o que é e quais os efeitos da comunicação sobre a sociedade", concluiram, em consenso, as participantes.

O DEBATE
A manhã desta sexta-feira reuniu na mesa de diálogos: Angela Freitas, da Articulação de Mulheres Brasileiras, Bia Barboza, da Intervozes- Coletivo Brasil de Comunicação Social, Glaucia Matos Adeniké, do Fórum Nacional de Mulheres Negras, Lurdinha Rodrigues, da Liga Brasileira de Lésbicas, Nilza Iraci, da Articulação de Ongs de MUlheres Negras Brasileiras, Nalu Faria, da Marcha Mundial das Mulheres e Vera Daisy Barcellos, da Assessoria de Imprensa da Rede Feminista de Saúde, Direito Sexuais e Direitos Reprodutivos. A mesa foi coordenada por Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão.

Em sua fala, a representante da Rede Feminista, fez uma correlação entre os direitos sexuais e direitos reprodutivos com o direito humano à comunicação, acentuando que ambos são direitos fundamentais para a expressão de homens e mulheres e de toda a sociedade. Destacando ainda que a conferência nacional da comunicação deverá "reacender o debate sobre o direito à informação como direito humano fundamental, inserido no campo da liberdade de expressão ".
É preciso, prosseguiu, " que tenhamos uma comunicação sem discriminação de raça, cultura, religião, orientação sexual e condição social. Falar como o direito à comunicação é a base para lutar por uma sociedade democrática ".
Para a Rede Feminista, a Conferência Nacional de Comunicação deve ser plural, ampliada, para que possamos debater, ver o contraditório, tirar diretrizes para um setor central, que precisa de um marco regulatório, para temas fundamentais como as concessões, uma legislação atualizada, incentivo à produção regional e à diversidade de toda e qualquer ordem. Isso tudo interagindo com o advento da TV digital e da convergência de novas tecnologias. A representante da Rede Feminista apontou a necessidade de políticas que incentivem a produção independente e que promovam o conteúdo de qualidade, que abordem temas para disseminar junto à população o conhecimento sobre direitos e controle social, apoiando encontros que possam estabelecer consensos e estratégias em torno da defesa destes direitos. Saiba mais sobre o seminário

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