1 de fev. de 2008

Morte de grávida na Penitenciária de Ijuí.

Rede Feminista de Saúde encaminha ofício ao Ministério Público Estadual
A Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos protocolou na quarta-feira, 30/01, ofício à Promotora de Justiça da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, Ângela Salton Roturno. No documento, a Entidade expressa séria preocupação com os fatos que resultaram na morte de uma mulher, grávida de sete meses, que foi flagrada com maconha durante revista íntima na Penitenciária Modulada de Ijuí, município localizado na região noroeste do Rio Grande do Sul e distante aproximadamente 400 km de Porto Alegre, capital do Estado.
O fato e as providências - Depois do flagrante ocorrido na tarde de sexta-feira, 25/01, e sofrer aborto à noite, Claudia de Oliveira Guterres Amaral, 25 anos, morreu no dia seguinte no Hospital de Caridade de Ijuí, vítima de hemorragia generalizada. Tão logo soube da ocorrência, a Rede Feminista de Saúde, integrante da Executiva do Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, do Conselho Nacional de Saúde e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, solicitou de imediato à Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) um levantamento das circunstâncias que resultaram na morte de Cláudia Amaral. As organizações feministas, de mulheres e de direitos humanos suspeitam de que a gestante tenha falecido em conseqüência do tratamento recebido ao ser flagrada portando 60 gramas de maconha na vagina.
A Secretária Executiva da Rede, jornalista Telia Negrão, acredita que houve, neste caso, uma violação gravíssima de direitos humanos na Penitenciária Modulada de Ijuí. Uma vez, que tem sido constante as denúncias de maus tratos contra mulheres no sistema prisional, envolvendo principalmente jovens, e da condenável prática de revista íntima de visitantes, em especial mulheres.

3 comentários:

Anônimo disse...

so quem passa pelas revista intimas na modulada sabe que tipo de humiliaçaõ se passa la na qela casa prisional.

Anônimo disse...

Ate mesmo crianças saõ submetidas a revistas intimas,bebezinhos

Anônimo disse...

Só para esclarecer, a grávida que veio a falecer,portava no interior de sua vagina, grande quantidade de maconha envolta por fita adesiva e preservativo masculino. Ela já passava mal no momento em que foi submetida à revista. Imaginem, uma senhora grávida de sete meses. Ela morreu por causa da revista ou pelo seu ato inconsequente? Pense nisso.