12 de mar. de 2008

IPAS/BRASIL lança campanha e Rede é parceira

Está no YouTube - http://www.youtube.com/watch?v=iGWW3M3s_t0 - a campanha publicitária Vai pensando aí da agência paulista Santa Clara, contratada pela IPAS/Brasil, que provoca o usuário da web com a temática da descriminalização do aborto.

A campanha foi apresentada oficialmente à Imprensa na manhã de quarta-feira, 12/03, em São Paulo/SP, com o título Criminalizar o aborto resolve? Vai pensando aí... A IPAS/Brasil vem trrabalhando, desde de 1994, em várias regiões do País pela melhoria da qualidade da atenção às complicações derivadas do abortamento inseguro, visando contribuir para a redução da mortalidade materna decorrente desta prática.

O objetivo central do trabalho da Organização é dar suporte técnico para os profissionais de saúde e criar um ambiente favorável para as mulheres e adolescentes exercerem seus direitos humanos à autodeterminação sexual e reprodutiva, como o direito à saúde, o direito a não discriminação no acesso à saúde e o direito a uma vida livre de violência.

A Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos é parceira da IPAS e esteve presente, através da jornalista e Secretária Executiva Telia Negrão, ao lançamento da Vai Pensando Aí que está sendo veiculado no YouTube.
Além de Telia Negrão, foram palestrantes, também, Leila Adesse, Diretora Ipas Brasil; Fernando Campos, sócio-diretor de criação da Santa Clara; Carla Gallo, cineasta do filme “O aborto dos Outros”; Cristião Rosas, Presidente da Comissão Nacional de Violência Sexual e Interrupção da Gravidez da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e Jefferson Drezett, Coordenador do Núcleo de Atenção Integral à Mulher em Situação de Violência Sexual, do Hospital Pérola Byington e Consultor do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.

De acordo com o release da gerente de contas da Madiamundomarketing, Christiane Alves, a campanha Vai pensando aí tem como objetivo promover o debate sobre a eficácia e atualidade da lei penal que criminaliza o aborto no Brasil. “O filme não levanta bandeiras, nem contra nem a favor do aborto. Nosso objetivo é estimular o debate sobre a descriminalização e fazer com que as pessoas, no mínimo, comecem a pensar sobre o assunto.”, diz André Godoi, redator da campanha.

Mais sobre o aborto - No Brasil, o aborto não é considerado crime em duas situações: em caso de risco de vida e de estupro. Apesar disso, estima-se que no País, são realizados mais de um milhão de abortos inseguros. A proibição do aborto impõe sua prática clandestina e em condições de elevado risco para as mulheres. Por ano, ocorrem cerca de 250 mil internações para tratamento das complicações de aborto no país. A prática do aborto inseguro está diretamente relacionada à alta incidência de mortes maternas no Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, pois o aborto é considerado uma das principais causas de mortalidade materna. As mulheres que morrem por morte materna, na sua maioria, são de baixa renda, mestiças ou afrodescendentes, com baixa escolaridade, e que possuem acesso deficiente às políticas de planejamento familiar para prevenção de uma gravidez indesejada. (fonte: folder Ipas/Brasil)

Para assistir a campanha clique: http://www.youtube.com/watch?v=iGWW3M3s_t0

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Um comentário:

Moi disse...

Cumpre esclarecer que é incorreto dizer que o aborto não é crime em caso de estupro e risco de vida à gestante. O Código Penal não diz "não é crime" e sim "não se pune", o que faz toda diferença, especialmente para a mulher estuprada fora do eixo rio-sp, que precisa de "alvará" pra ter o direito de abortar. Aborto no Brasil é crime em QUALQUER situação, nos colocando lado a lado com as legislações mais restritivas do mundo, para a desgraça de nossas mulheres.